quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Extinção do Jardim Botânico

       Ao que tudo indica, o Jardim Botânico chegou ao fim. Quando meu meu pai ainda era criança, o parque já existia e logo na década de 70 a Fundação Zoobotânica inicia o processo científico de pesquisa e trabalho com a comunidade local. Conheço todos os cantos e refúgios da reserva. Foi meu jardim. A extensão da minha casa. Sinto uma dor esquisita de que algo está sendo arrancado de mim. Roubado. Uma tristeza reflete esse momento em que vivemos. Tempos estranhos, como diria o ministro Marco Aurélio. E já escuto por aí que a iniciativa privada está de olho na área para criar um campus universitário. A intenção é clara. Empresas financiam candidatos que mentem para eleitores, que os elegem com a ridícula esperança que irão governar em favor dos que o elegeram. Eles governam para quem os financiou. Basta ver o silêncio dos deputados que votam pelo pacotão, não falam nada. Se calam. Parabéns aos que elegeram esse governo, vão terminar com o pouco que restou, o pouco que ainda tinha de bom. 😞

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Mergulhões no Arroio Dilúvio







            Já faz alguns dias que vejo mergulhões no leito do Arroio Dilúvio (Ipiranga), como são exímios pescadores, fiquei pensando no que faziam naquele ambiente poluído, sem vida. Para minha surpresa, hoje fazendo minha corridinha na incompleta ciclovia, que ainda falta a metade, consegui observar com mais calma o leito do riacho. Ao passar pela PUC em direção à Antonio de Carvalho, um grande número de mergulhões tomando sol, secando as asas, de barriga cheia, animais com ótima aparência. Fiquei confuso, pensando do que estavam se alimentado e para minha surpresa, peixes. Tive que parar para olhar aquilo, nunca tinha visto cardume de peixes no Arroio Dilúvio. Não naquele trecho. Alguns grandes, aparentemente carpas. A água não estava turva, conseguia-se enxergar os animais nadando, as aves mergulhando e se servindo. Isso mostra a força da natureza, todo o poder de destruição que nós humanos temos e fazemos diariamente não são suficientes para cessar esta energia primitiva, que busca sempre encontrar uma forma de se manter viva e pulsante.

Um sinal de que mesmo tentando destruí-la, ela se reinventa.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A República é um lixo



A República é um lixo. Desde sua existência.

Quando meu bisavô chegou ao Brasil, à convite do Imperador sensibilizado com as péssimas condições de vida dos alemães no Volga, já não encontrou mais o anfitrião. Pedro II já havia sido banido do Brasil, por um pequeno grupo, ditos abolicionistas, financiados por uma elite escravocrata que ainda se sentiam lesados pela perda da mão de obra escrava. A história do Brasil é construída por golpes. Os maragatos resistiram, e junto com a elite da Marinha, na Revolução Federalista e Revolta da Armada, 10 mil mortos. O Marechal de Ferro, terminou com a imprensa, impetrou o terror e transferiu a presidência ao primeiro presidente civil do Brasil, Prudente de Moraes, este foi aquele que acabou dizimando quase 30 mil pessoas em Canudos. Euclides da Cunha foi correspondente neste episódio e narra com muita transparência sua decepção pela República. Os poderes acabam se alternando entre São Paulo e Minas Gerais, no conhecido poder das oligarquias do café com leite. Getúlio Vargas, golpeia os golpistas com a bandeira dos trabalhadores, e uma nova era se instaura. Setores conservadores pressionam e o velho castilhista se mata, postergando o golpe militar. João Goulart tenta fazer reformas, e sua viagem à China é taxada como um convite ao comunismo. Militares golpistas tentam destituí-lo do poder, e seu cunhado, Leonel Brizola prepara uma resistência que acabou entrando para história em 1961, conhecido como a legalidade. Em 1964 os militares assumem de vez, ficando 21 anos no poder, com um parlamento fictício onde dois partidos coexistiam Arena e MDB. Bom lembrar que Arena era o partido militar, e o MDB era um partido fantoche de oposição, sempre controlado pelo regime. A Arena virou PDS, que acabou extinto por sua essência, e o MDB virou PMDB, esse partido fantoche que nunca conseguiu eleger um presidente. 

Hoje vivemos dias esquisitos. Estranhos. O vice presidente do Brasil, do PMDB, assume a presidência do país sob pretexto de que a presidente cometeu crime de responsabilidade. Esse mesmo crime de responsabilidade parece que agora já foi sancionada nova lei que permite tais ações, enquanto o presidente viaja para a China participar de acordo comercias do G20. A neta de Brizola se aliou ao PMDB, coitado do velho deve estar se remoendo em seu descanso. O PT se aliou ao PMDB para governar. Sartori, do PMDB, no Rio Grande do Sul se elegeu por 60% do eleitorado para governar o estado. Os gaúcho estão gostando muito da sua forma de governo, espetacular plantando sementinhas. 

E o pior, acabei de ver que representantes da realeza, entraram com recurso no STF para questionar os direitos de elegibilidade da ex Presidente. Com devido respeito, são uma vergonha para Pedro II. Pessoas que vivem de privilégios, deveriam ao menos buscar seu espaço com dignidade, não comendo restos. 

A República é um lixo. O povo sempre foi coadjuvante na história. Os descendentes do Império se contentam com as migalhas do lixo. Não temos futuro.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Olimpíadas no Brasil






Essa charge do Iotti, pontual, me faz pensar sobre Olimpíadas no Brasil.


Imagine a seguinte situação:


Você mora com sua mãe. Uma senhora, já com idade avançada, castigada pelo tempo, carregada de cicatrizes deixadas por revoltas e golpes que levara ao longo de sua vida.
Você não gera renda, mas administra os escassos recursos de sua mãe. 
Sua mãe sofre de doenças crônicas, onde é necessário o uso de uma grande quantidade de medicamentos e despesas médicas para mantê-la viva. 
Você tem muitos amigos ricos, e por várias vezes frequentou a casa destas pessoas, curtindo festas e usufruindo de toda a hospitalidade despendida. 
Sentindo-se na obrigação de retribuir, você resolve dar uma festa. Conversa com sua mãe explica que ela não pode ficar na sala, pois não seria legal seus amigos a verem naquele estado, ao menos naquela ocasião festiva. Você sugere que ela fique por alguns dias no quarto. Você usa parte dos recursos que seriam utilizados para compra de medicamentos e compra bebidas, comidas exóticas, organiza a casa, aluga móveis, ainda faz um empréstimo para contratar serviços. A festa segue muito animada, e dura alguns dias. Seus amigos o acham o cara. Sua mãe está escondida no quarto. Ao final da festa seus amigos vão embora, ficando a bagunça, alguém vomitou no sofá, outro estava dormindo no canto da sala, alguns móveis danificados. Nada do que outro empréstimo - no cartão da sua mãe - não resolva, importante é que você é o cara e todos vão lembrar de sua receptividade. Você descansa um pouco, afinal foi um evento muito intenso e vai visitar sua mãe, deixada no quarto. Ela está morta. 
Chamava-se República.

sábado, 14 de maio de 2016

Conspirações da República




A República sempre foi marcada por golpes e conspirações, desde sua proclamação. O povo, na sua maioria de analfabetos, sempre foi mero coadjuvante neste processo. A deposição de Pedro II nos dá uma visão interessante na busca de entendermos a nossa história. Nos bastidores dos golpes, as tramas são sempre as mesmas. Neste caso em tela, Floriano Peixoto, facilita a entrada de algumas dezenas de soldados liderados por Deodoro, incentivado por republicanos civis. Logo, torna-se vice-presidente, derruba Deodoro, assumindo o poder, passando a ser conhecido como o Marechal de Ferro, em uma ditadura militar que fomentou uma guerra civil sangrenta nos primeiros anos da República.


Professor José Murilo de Carvalho (A construção Nacional, p. 127), detalha de forma muito interessante este momento:


"A Deposição
A conspiração militar caminhou rapidamente. Jovens militares, comandados por Benjamim Constant, conseguiram convencer o marechal Deodoro a liderar o movimento com os argumentos de que o governo queria retirar as tropas do Exército da capital e fortalecer a Guarda Nacional e a polícia. Os conspiradores entraram em contato com os republicanos civis. O Partido Republicano, que só poucos meses antes elegera seu primeiro chefe nacional na pessoa de Quintino Bocaiúva, admitia desde 1887 o recurso aos militares para derrubar a Monarquia. Essa era a posição do novo presidente. Houvera antes algumas negociações entre as duas partes, mas se resultado. A única reunião entre os conspiradores e representantes dos republicanos do Rio de Janeiro e São Paulo verificou-se no dia 11 de novembro em casa de Deodoro.
O golpe estava marcado para o dia 17, mas alguns oficiais o precipitaram espalhando nas guarnições boatos de que o governo mandara prender Deodoro e Benjamin e que tropas da Guarda Nacional, da polícia da Guarda Negra atacariam os quartéis. Na madrugada do dia 15, cerca de seiscentos militares congregaram-se no Campo de Santana, em frente ao quartel –general do Exército. Deodoro, recuperado de um ataque de asma, assumiu o comando. O comandante das tropas reunidas no quartel general, general Floriano Peixoto, recusou-se a mandar atacar os revoltosos. Aproximadamente às 09 horas, Deodoro foi admitido ao quartel onde se achava o presidente do Conselho de Ministros, Visconde de Ouro preto. Falou-lhe dos sofrimentos por que passara no Paraguai e das perseguições do governo ao Exército. Por fim declarou o ministério deposto, sem tocar na questão do regime. As tropas desfilaram pela cidade. 
O Imperador, avisado, desceu de Petrópolis sem dar muito crédito às notícias. Houve grande incerteza durante o dia 15. À tarde, Benjamin alertou os republicanos civis de que a República não estava proclamada e pediu que agitassem o povo. Umas cem pessoas se reuniram na Câmara Municipal, onde fizeram a proclamação, mas ao dirigirem-se a casa de Deodoro não foram recebidas. Somente à noite, quando o marechal soube da indicação de inimigo pessoal (Gaspar Martins) para substituir Ouro Preto, decidiu-se pela proclamação. Recusou-se a ter um encontro com o Imperador, alegando que eram amigos de longa data e ambos se poriam a chorar. Decidida a Proclamação, formou-se o primeiro ministério, com Deodoro na presidência, Floriano Peixoto como vice e Benjamin no Ministério da Guerra. Civis republicanos preencheram os outros postos.
A família imperial foi intimada a deixar o país na madrugada do dia 17. Acompanharam-na alguns poucos amigos, entre os quais o abolicionista André Rebouças. O navio levou a Lisboa, onde o Imperador foi recebido com honras por seu sobrinho, o rei D. Carlos I. No dia 28 de dezembro, morreu a imperatriz Tereza Cristina. D. Pedro passou os dois anos seguintes movendo-se por vários endereços nas França. No dia 05 de dezembro de 1891 morreu em Paris, no hotel Bedford, e foi levado a Portugal para sepultamento no jazigo dos Bragança.
No Brasil, a República consolidava-se aos poucos, enfrentando as dificuldades decorrentes da maneira por que fora proclamada e da heterogênea composição de seus aderentes. Depois de quase dez anos de conflitos e guerras civis, encontrou sua estabilidade da presidência de Campos Sales, um dos fundadores do Partido Republicano Paulista".

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Pérolas da República - Castilhos e o abolicionismo.



   O movimento republicano iniciado em 1870 através do Manifesto Republicano, escrito ou conduzido por Quintino Bocaiúva, que representava um segmento da classe média que encontrava-se descontente por não encontrar espaço ou não ter seus anseios acolhidos no cenário político da época, à sombra da alternância do poder entre Liberais e Conservadores. Uma juventude, representada por médicos, advogados e jornalistas, e outros profissionais pertencentes a esta classe média excluída.
A Historiografia Republicana relaciona o movimento republicano ao movimento abolicionista, e muitos até hoje confundem e deixam-se confundir por esta informação de certa forma oportunista que conhecemos pelo lado vencedor na história. O movimento abolicionista era muito forte principalmente entre os Liberais, e foi durante o Império (1888) que foi encerrado esse período terrível de exploração e de sofrimento. Antes da abolição, São Paulo foi a única província que ainda mantinha o trabalho escravo em sua lavouras de café. A abolição, sonhada por todos, custou o trono do Imperador, pois os poderosos produtores paulistas, descontentes em razão do prejuízo, encontraram no Partido Republicano sua chance de atacar o Imperador, financiando e apoiando os movimentos. Clubes Republicanos já haviam se formado no Rio de Janeiro (1870), São Paulo (1873) e Rio Grande do Sul (1882).

   Na Província do Rio Grande do Sul, foi Julio de Castilhos o fundador do Partido Republicano Rio-Grandense. Jovem, formado em direito, com apenas 22 anos pugnava e divulgava as ideias positivistas de August Comte. Lutava pela moralização do país, pela liberdade e pela abolição da escravidão. Castilhos era gago, porém quando iniciava seus discursos, a gagueira sumia e uma oratória contundente se apresentava colocando-o como um grande orador.

   A grande pérola foi que, em 1883, Castilhos tinha que resolver uma pequena situação familiar. A família tinha um escravo de ganho, o Aníbal. O aluguel de Aníbal rendia à família Castilhos 32 mil réis por mês. A flor de todo o movimento republicano, de liberdade e moralização, o que fez Castilhos?

  Vendeu o Aníbal através de um corretor.

  Disse Julio de Castilhos ao irmão Francisco Castilhos através de uma carta:

  “Não faz ideia como tenho andado constrangido nesse negócio, apesar de ser ele tratado por um corretor, que é ao mesmo tempo empregado do meu escritório. Tenho receio dos maldizentes e dos jornais, que estão todos muito abolicionistas”.

 Passaram-se aí bons anos, e os modos operandi de nossa política continuam o mesmo. 

Tenho uma pequena esperança de que Aníbal tenha atrapalhado o sono de Castilhos pesando em sua consciência... mas isso é uma pequena esperança.


Fonte:
Estes documentos, de grande valor histórico, foram descobertos por acaso por uma estagiária do Museu Julio de Castilhos, Keter Velho, que foi transformado em livro: Teu amigo Certo – Julio de Castilhos – Correspondências inéditas – Ed. Museu Julio de Castilhos. 

quarta-feira, 27 de abril de 2016

República em evidência



Segundo Laurentino Gomes, em seu Livro 1889, brilhante jornalista, apaixonado pela história do Brasil, trás documentos muito interessantes que nos auxiliam a entender melhor os personagens. Sobre Deodoro da Fonseca, reforça a hipótese de que o velho marechal era monarquista, conforme o que consta nas correspondências trocadas com o sobrinho Clodoaldo Fonseca, aluno da Escola Militar de Porto Alegre, que integrava os jovens positivistas, a mocidade militar capitaneado por Benjamin Constant,
Escreveu Clodoaldo uma carta ao tio em 1888 onde expressava suas ideias republicanas. O velho marechal: "República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça. Os brasileiros estão e estarão muito mal educados para republicanos. O único sustentáculo de nosso Brasil é a monarquia. Se mal com ela, pior sem ela."
Em outra carta, pouco depois, o marechal recomendou ao sobrinho: “Não te metas em questões republicanas, porque República no Brasil e desgraça completa é a mesma coisa; os brasileiros nunca se prepararão para isso, porque sempre lhes faltarão educação e respeito”. Essas cartas demonstram que, até as vésperas do golpe contra o império, o fundador da República não era republicano.
Os detalhes dessa história estão nos capítulos no livro, 1889. Muito bom, aborda todo o processo até a Revolução Federalista, que será abordado mais adiante.

Momento crucial da Proclamação da República


Um dos momentos mais cruciais da Proclamação da República foi quando Deodoro, em ato contínuo, apelou para o Marechal Câmara (Visconde de Pelotas) pedindo que o ajudasse a consolidar o novo regime. Tal momento foi de grande tensão, visto que no Rio Grande do Sul encontrava-se o maior contingente do exército e o presidente da Província era Gaspar Martins, político de grande influência no Império. O Pequeno grupo republicano não sabia qual seria a reação gaúcha. O apelo de Deodoro foi providencial, já que Visconde de Pelotas era um herói de guerra, destacando-se por estar a frente da captura e morte de Solano Lopez, ao final da Guerra do Paraguai, e o respeito que o velho Marechal tinha com as tropas foi o detalhe que faltou para o sucesso do golpe republicano. Visconde de Pelotas convocou uma reunião com os comandantes Gaúchos e após longa conversa, resolveram apoiar o golpe. Gaspar Martins havia sido preso.
Deodoro da Fonseca, ao receber o telegrama de Visconde de Pelotas com a resposta de apoio ao golpe, exclamou; " A República está salva".
O interessante e não mencionado na história é que após renúncia, o Visconde de Pelotas escreve a um amigo sobre os aspectos do novo governo o que transcrevo na íntegra:
"Exmo. Colega e caro amigo.
Tive a satisfação de receber a sua carta de 27 do mês passado.
Acompanhando os acontecimentos que aí se estão dando, vejo que aceleradamente caminhamos para um despenhadeiro que precipitará o nosso desgraçado país em seu abismo. Quem aparecerá com a energia, prestígio e capacidade para salvar-nos? Até onde iremos não se pode prever. Condenei pela imprensa esta República, proclamada por uma insignificante fração do Exército, que desvirtuará a sua missão, tornando-se árbitro dos destinos da Nação, e vi quais as consequências desse procedimento criminoso, e elas não se fizeram esperar.
Temos a ruína nas finanças, o descrédito no estrangeiro e a desordem e imoralidade a imperarem sobranceiras. Que Deus se amerceie de nós.Não me diz ter recebido as minhas cartas, de uma das quais foi portador meu filho Alfredo, e outras capeadas ao Sr. Marcelino, seu sogro.
Disputaremos a eleição, dispostos a não deixarmos vencer pela fraude, custe o que custar. Demétrio (Dr. Demetrio Nunes Ribeiro) não pode deixar de unir-se a nós, logo que forem
descriminados os partidos políticos, parecendo-me impossível que queira acompanhar ao Castilho, especulador miserável, sem patriotismo. Ele ocupará o lugar que designa o seu merecimento, caráter, talento e honestidade. Falta-me tempo e digo-lhe adeus. Nossos cumprimentos e de minha família à Exma. Sra. Marieta, lembrando-nos à galante Marietinha. Sempre o seu velho amigo, afetuoso e obrigado".
Tal carta foi extraída da biografia do Visconde de Pelotas, escrito pelo filho Rinaldo Pereira Câmara (CÂMARA, 1979, p.359).
Este momento na história demonstra o início da opressão de Julio de Castilhos contra qualquer um que intervisse em seu "saber" científico baseado no positivismo de August Conte.